quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Saudade

Como uma bolha, um calo
no peito, eu não sinto,
eu não penso direito
eu sofro, falho.

Quero de volta o passado
Mas esse tempo, trapaceiro,
se esvai, e vai depressa
nem me espera, apressado.

Sinto que não vou suportar.
Me corrói os olhares, os perdidos,
parte meu coração,
e ferido,
parto os deles também.

Há algo que nos une, eternamente
sinceramente... não posso voltar.
Sou de poucas palavras, não vou dermorar.
É apenas saudade, talvez passe,
eu não vou esperar.

Amanhã, noutra sala, sem terno
posso demonstrar ternura
cantar outros hinos eternos,
ensinar partituras, chorar.

Qualquer dia, eu volto, amigos
guarda isto no peito, consigo
já estou partindo, em pedaços.

Lucas Matos

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