quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Templo

Já fui em muitas catedrais
em todas me ajoelhei
sangrei de tanto chorar
griteu seu Nome,
mas só ouvi o silêncio.

Rezei um terço inteiro
e no quarto,
até um mantra recitei
no ato,
não senti nem arrepio.

Prostrei-me ante a Tua imagem
um pagem me benzeu
e eu,
não senti o Teu amor.

Jurei ser Teu, fiz celibato
tentei até manter contato,
mas estava longe demais
não ouvi.

Tentei tirar de mim a vida
e quando não tive mais saída
eu pensei: não vou parar.

Concertei minha vida, o Templo
me arrependi dos maus intentos
lembrei de todos os momentos
que Tu, Senhor, tentou mostrar
que eu não merecia te ver
ou encontrar, a almejada vida eterna
e senti Tua mão sempre terna, a me acalentar.

Voltei aos Teus braços abertos
e, bemde perto, comecei a chorar.
Tu, Senhor , estava sempre comigo
foi o meu único amigo,
que me ouviu, quando eu precisava calar;
que me acolheu, quando eu precisava chorar;
que me abraçou, quando eu precisava apanhar
O Senhor me escolheu, quando poderia recusar.

Por isso hoje, Deus meu
Toma este Templo, vem comigo morar.

E. S. & Lucas Matos

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