quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Entre Quatro Paredes

São três da manhã.
A porta agora fechada,
Os filhos dormem, a rua...
Os cachorros latem vorazes,
Com o mesmo cheiro que nós
Que entre lençóis, gritamos horrores.

Já não existe problemas, nem solução.
Não há razão, só sentimentos suados
Abraços vigorosos, apaixonados,
Entre quatro horas de amor.

As cores do arco-íris mudam
E até os pássaros silenciam,
Entre os quatro cantos da noite.

Há juras de amor
Delícias arrancadas em beijos
Suspiros, desejos,
Entre o quarto e a sala.

Nós suamos, mas quando tudo acaba
Queremos mais, somos insaciáveis.
Entre quatro paredes,
Podemos ser quem quisermos.
Amar o quanto pudermos.

Mas só, entre quatro paredes.

Lucas Matos.

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