terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Quando Acaba

O copo tem um fundo
Os dias têm um fim
Só não tem o infindo mundo
Que criei dentro de mim.
Que quando cai minh’alma
Machucada, feito a última gota
Esgotando minhas forças
Como se nunca terminasse...

A vida tem um fim
E até a chuva, assim, como tempestade,
Acaba, e surge um belo Sol de domingo.

Até a dor acaba,
E, no outro dia, a enxaqueca,
Há até quem esqueça das palavras
Ditas, gritadas. Até isso tem um fim.

As brigas uma hora cessam,
E dão lugar aos beijos,
Mas, também eles se desligam
Dos lábios. E finalizam com um abraço.

Mas quando acaba o amor
Nós não queremos aceitar (suportar)
Tamanha loucura.
Quando o amor acaba, ou parece,
queremos o ressucitar dos mortos
e, nossos corpos têm a sensação de flutuar.

Ainda você pode, recomeçar.

Lucas Matos

Um comentário:

Fabrício de Queiroz disse...

Bonito. Mas mesmo recomeços carregam uma esperança cheia de consequências.

Seu poema fala por si. Acho que tem um erro no quarto verso da última estrofe, "perece".


Abraços do seu fã